Servidor teria proibido os
conselheiros de entrar em escola em que sua esposa é coordenadora. Fato
chegou ao conhecimento do Forúm dos Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares de Alagoas que
promete realizar nesta terça-feira 03 uma grande mobilização em defesa dos
conselheiros.
Por: Redação
Crédito: Reprodução/Google Imagens
Um situação no mínimo inusitada
envolve o Conselho Tutelar do município de Jacaré dos Homens,
tudo começou com uma simples suspensão escolar ainda no inicio do mês de
Novembro e se transformou no assunto mais comentado dos últimos 30 dias em
todas as repartições públicas, escolas e até mesmo nas ruas da cidade.
De acordo com os
conselheiros tudo começou quando duas alunas da Escola Municipal
Pedro Abílio Madero procuraram o Conselho Tutelar para reclamar que
haviam sido suspensas "injustamente" pela coordenadora da escola, foi
quando pelo menos três conselheiros resolveram procurar a direção da unidade de
ensino para averiguar o que realmente tinha acontecido, mas ao que chegaram na
escola acompanhados das adolescentes, acabaram surpreendidos com uma das
coordenadoras aos gritos, irritada por não aceitar a atitude dos conselheiros
em retornar com as alunas para a escola, mesmo sem se enterrar sobre os
motivos. Diante do enorme constrangimento, os conselheiros não insistiram
em dialogar com a coordenadora e resolveram voltar para a sede do conselho onde
se reuniram com todos os membros para deliberar sobre o ocorrido, resolvendo
relatar o caso ao presidente do Forúm dos Conselhos Tutelares de Alagoas Dr.
José Edmilson de Souza, mas o problema só estava começando, a noite os
conselheiros foram convidados a retornar a escola para conversar com a
coordenadora e a direção da unidade de ensino, foi quando ao chegar a escola,
mais uma surpresa, desta vez, devido a presença do esposo da coordenadora, funcionário do TJ/AL.
Ainda segundo os conselheiros, ao chegar para reunião e se depararem com o esposo da coordenadora, os conselheiros se recusaram a conversar sobre o problema na presença do servidor, gerando assim mais um bate boca, que terminou com o funcionário do TJ/AL de forma abusiva “determinando” a proibição dos conselheiros em entrar na escola nos dias em que sua esposa estiver em horário de trabalho.
Bastante revoltados os conselheiros acionaram o Forúm dos conselheiros e ex-conselheiros Tutelares de Alagoas e nesta terça feira (03) uma grande mobilização está programada para acontecer na cidade em defesa dos conselheiros do município.
O outro lado
Entramos em contato com a
coordenadora para saber sua versão dos fatos. De acordo com a profissional, os
conselheiros quiseram passar por cima do regimento da escola e
por cima de sua autoridade ao trazer as alunas para a escola e deixá-las
no pátio. "Em
nenhum momento os tratei mal me recusando em atendê-los, só que eles agiram
errado trazendo as adolescentes de volta para a escola e isso eu não
admito" - Disse.
Sobre a polêmica proibição
dos conselheiros em entrar na escola por "determinação" do seu
marido, a coordenadora disse que o mesmo somente a acompanhou a reunião da
noite porque chegou a ouvir de terceiros que os conselheiros haviam contratado
um advogado e por isso sentiu a necessidade de ter alguém para lhe
auxiliar, e ninguém melhor do que seu marido, que embora não seja
advogado, conhece como as coisas funcionam. "Em
momento algum meu esposo proibiu os conselheiros de entrar na escola, apenas
disse que não mexessem comigo". - Concluiu
Tentamos contato com uma das
diretoras da escola e com a secretária de educação do município, mas os
telefones estavam respectivamente impossibilitados de receber chamadas e na
caixa postal.