02/12/2013

Conselheiros tutelares de Jacaré dos Homens denunciam funcionário do TJ/AL por abuso de poder e usurpação de função.

Servidor teria proibido os conselheiros de entrar em escola em que sua esposa é coordenadora. Fato chegou ao conhecimento do Forúm dos Conselheiros e ex-Conselheiros Tutelares de Alagoas que promete realizar nesta terça-feira 03 uma grande mobilização em defesa dos conselheiros.

Por: Redação
Crédito: Reprodução/Google Imagens
Foto; Dr. José Edmilsom de Souza
Presidente do Forúm dos conselheiros e ex-conselheiros tutelares de A lagoas.

Um situação no mínimo inusitada  envolve o Conselho Tutelar do município de Jacaré dos Homens, tudo começou com uma simples suspensão escolar ainda no inicio do mês de Novembro e se transformou no assunto mais comentado dos últimos 30 dias em todas as repartições públicas, escolas e até mesmo nas ruas da cidade.

De acordo com os conselheiros tudo começou quando duas alunas da Escola Municipal Pedro Abílio Madero procuraram o Conselho Tutelar para reclamar que haviam sido suspensas "injustamente" pela coordenadora da escola, foi quando pelo menos três conselheiros resolveram procurar a direção da unidade de ensino para averiguar o que realmente tinha acontecido, mas ao que chegaram na escola acompanhados das adolescentes, acabaram surpreendidos com uma das coordenadoras aos gritos, irritada por não aceitar a atitude dos conselheiros em retornar com as alunas para a escola, mesmo sem se enterrar sobre os motivos. Diante do enorme constrangimento, os conselheiros não insistiram em dialogar com a coordenadora e resolveram voltar para a sede do conselho onde se reuniram com todos os membros para deliberar sobre o ocorrido, resolvendo relatar o caso ao presidente do Forúm dos Conselhos Tutelares de Alagoas Dr. José Edmilson de Souza, mas o problema só estava começando, a noite os conselheiros foram convidados a retornar a escola para conversar com a coordenadora e a direção da unidade de ensino, foi quando ao chegar a escola, mais uma surpresa, desta vez, devido a presença do esposo da coordenadora, funcionário do TJ/AL.

Ainda segundo os conselheiros, ao chegar para reunião e se depararem com o esposo da coordenadora, os conselheiros se recusaram a conversar sobre o problema na presença do servidor, gerando assim mais um bate boca, que terminou com o funcionário do TJ/AL de forma abusiva “determinando” a proibição dos conselheiros em entrar na escola nos dias em que sua esposa estiver em horário de trabalho.

Bastante revoltados os conselheiros acionaram o Forúm dos conselheiros e ex-conselheiros Tutelares de Alagoas e nesta terça feira (03) uma grande mobilização está programada para acontecer na cidade em defesa dos conselheiros do município.

O outro lado
Entramos em contato com a coordenadora para saber sua versão dos fatos.  De acordo com a profissional, os conselheiros quiseram passar por cima do regimento da escola e por cima de sua autoridade ao trazer as alunas para a escola e deixá-las no pátio. "Em nenhum momento os tratei mal me recusando em atendê-los, só que eles agiram errado trazendo as adolescentes de volta para a escola e isso eu não admito" - Disse.

Sobre a polêmica proibição dos conselheiros em entrar na escola por "determinação" do seu marido, a coordenadora disse que o mesmo somente a acompanhou a reunião da noite porque chegou a ouvir de terceiros que os conselheiros haviam contratado um advogado e por isso sentiu a necessidade de ter alguém para lhe auxiliar, e ninguém melhor do que seu marido, que embora não seja advogado, conhece como as coisas funcionam. "Em momento algum meu esposo proibiu os conselheiros de entrar na escola, apenas disse que não mexessem comigo". - Concluiu

Tentamos contato com uma das diretoras da escola e com a secretária de educação do município, mas os telefones estavam respectivamente impossibilitados de receber chamadas e na caixa postal.